domingo, 24 de março de 2013

Agora Sei...

Agora sei, que estiveste ali mesmo ao pé de mim. Onde sempre estiveste dias, e noites sem te descobrires. Deixaste de sentir, o sol e o vento e tantos quantos nascer do sol ou fases da lua perdeste. diz-me! Eu não sei e tu  perdeste a noção do tempo. Tudo só para me guardares.
Sei, disso! Porque me contaste em segredo, eram as gotas da chuva salgadas que me contavam, nasciam dos teus olhos meus, ainda inexistentes, aos teus pobres tristes e enregelados .
E tu sempre ali... nas noites que sentias o meu medo, e o desespero no teu corpo.
Por um sinal deste mundo, ou do outro, um sinal que fosse.
Passaram-se eras e guerras, e tu sempre à minha espera, aguardávamos o nosso dia ou noite, sem sabermos um do outro, quem vinha ou ia, pouco importava para ti, o nosso segredo era o silêncio. De que um dia nos íamos reencontrar.
Que por breves momentos, ou para o resto da nossa curta vida, mas num só corpo.
Fosse o tempo que fosse. Mas a máquina do destino, traiu-nos.
Ainda que não seja nesta vida, e que tenhamos que viver assim, por mais outra eternidade. Promete-me! Que continuaremos a fazer parte da alma um do outro.
Eu fico desta vez, ali... se for preciso.
Sempre ao pé de ti, tomarei eu conta de ti, também não te abandonarei, não te preocupes! Até a maldita máquina do destino se aperceber, que nosso amor é leve como uma pena e forte como o vento.
E um dia, o pano escuro desta agonia se rasgará e dará lugar à luz do dia, e a este nosso amor intemporal.

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